O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, concedeu na noite deste domingo (1º) um perdão "total e incondicional" ao seu filho, Hunter Biden, impedindo uma possível sentença de prisão por condenações federais relacionadas à compra ilegal de uma arma e à sonegação de US$ 1,4 milhão em impostos.
Com o perdão presidencial, Hunter Biden não enfrentará punições judiciais pelos crimes mencionados, evitando também a prisão. A decisão contraria declarações anteriores de Joe Biden, que havia prometido não usar os poderes presidenciais extraordinários para favorecer membros de sua família.
"Hoje, assinei um perdão para meu filho Hunter", declarou Biden neste domingo, alegando que a acusação contra ele foi motivada politicamente e um "erro judicial".
HAVIA PROMETIDO NÃO INTERVIR
O presidente Joe Biden havia prometido não intervir nos processos de seu filho, Hunter Biden, condenado por casos em Delaware e Califórnia. O perdão ocorre semanas antes da sentença de Hunter e da posse de Donald Trump, que usou os problemas legais de Hunter como parte de seus ataques à família Biden.
Segundo o The New York Times, não é inédito que presidentes usem o perdão executivo para beneficiar familiares. Bill Clinton perdoou seu irmão Roger por uso de cocaína, e Donald Trump perdoou Charles Kushner, pai de seu genro, por sonegação fiscal e outros crimes. Contudo, o jornal aponta que tanto Roger Clinton quanto Kushner já tinha cumprido as penas de prisão quando o perdão foi concedido.
Acusações de porte ilegal de arma e sonegação
Hunter Biden foi condenado em junho por mentir em um formulário federal ao comprar uma arma em 2018, omitindo seu vício em drogas. Em setembro, antes do julgamento na Califórnia por sonegar US$ 1,4 milhão em impostos, ele surpreendeu ao se declarar culpado para evitar constrangimento à família. As acusações poderiam somar até 42 anos de prisão, embora as penas previstas fossem mais brandas, possivelmente sem prisão.