O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, chamou o consignado no Auxílio Brasil de "perversidade" e afirmou que os programas Desenrola, que renegocia dívidas, e Pronampe, que libera crédito, serão substitutos do empréstimo criado na gestão Bolsonaro.
"Estamos colocando um programa que vai cuidar dos endividados, o Desenrola Brasil, que vai cuidar de quem está na situação de endividamento, e o programa de apoio a micro e pequena empresa (Pronampe), em fase inicial, com créditos e taxas adequados e com isso estimular o empreendedorismo", explicou.
Nesta quinta-feira (9), o governo reduziu a reduziu de 40% para 5% o limite de desconto mensal para beneficiários do Auxílio Brasil (atual Bolsa Família) que contratarem a modalidade de crédito consignado. Além disso, o número máximo de parcelas foi reduzido de 24 para seis, e o limite máximo de juros caiu de 3,5% para 2,5% ao mês.
Segundo Dias, o benefício social é uma proteção emergencial, e não pode ser visto como salário.
"O Bolsa Família não é um salário, é uma proteção emergencial. Todo esforço é para garantir que a pessoa tenha todo apoio para garantir elevação da condição da renda. O que se fez ali (com o crédito consignado) foi uma perversidade, com uma taxa de juro completamente fora do padrão. A gente faz uma redução de 30% nessa taxa, colocou um limite, porque a gente reconhece que tem para situações emergenciais, e por isso o prazo mais curto", declarou nesta quinta-feira em Ceilândia.
Com as novas regras do consignado, o crédito será desbloqueado e as regras valerão para as novas famílias. Segundo Dias, isso deve ocorrer "nos próximos dias".