Pronta para as eleições, Marta Suplicy volta ao PT nove anos depois com benção de Lula

Sua refiliação ocorre em um contexto político onde aparece como pré-candidata à vice-prefeita na chapa encabeçada por Boulos

Lula apoia retorno de Marta Suplicy ao PT para se candidatar como vice-prefeita de São Paulo | Reprodução
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Aconteceu na tarde desta sexta-feira (3), o ato de refiliação de Marta Suplicy ao Partido dos Trabalhadores (PT). Ela retorna ao partido quase nove anos após sua desfiliação da sigla. O retorno aconteceu com a bênção – e assinatura – do presidente Lula (PT) em um ato que reuniu diversos nomes da política brasileira, além de centenas de apoiadores reunidos na Casa de Portugal, no Centro de São Paulo, como o ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) e a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann.

Sua refiliação ocorre em um contexto político onde aparece como pré-candidata à vice-prefeita na chapa encabeçada por Guilherme Boulos (PSOL), que buscará vencer as eleições municipais deste ano. A presença de figuras como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, destacou a relevância do evento.

O senador Eduardo Suplicy, que cogitou ser candidato a vice-prefeito, decidiu apoiar Marta após conversar com Boulos, destacando o compromisso em contribuir para a vitória da chapa.

"Marta, minha companheira, hoje a Gleisi te deu boas-vindas ao PT e eu quero te dar boas-vindas a chapa vitoriosa da cidade de São Paulo. Temos a consciência de uma missão em outubro desse ano, que é derrotar o bolsonarismo na maior cidade do país. E a Marta veio para construir essa frente", afirmou Boulos.

Durante o evento, Gleisi Hoffmann ressaltou a importância de São Paulo reencontrar sua vertente progressista, enquanto Fernando Haddad enfatizou a contribuição de Marta para o projeto político.

O retorno de Marta ao PT foi decidido pelo Diretório Municipal de São Paulo no início do ano, indicando um novo capítulo na trajetória política da ex-prefeita, que deixou o partido em 2015, no auge da Operação Lava Jato, após afirmar que a sigla tinha protagonizado “um dos maiores escândalos de corrupção da nação brasileira”. Na época, Marta estava rompida com a então presidente Dilma Rousseff (PT) e votou a favor do impeachment dela no Senado, em 2016, mesmo tendo sido ministra da Cultura da gestão petista.

Até o dia 9 de janeiro, a petista era secretária das Relações Internacionais da gestão Ricardo Nunes (MDB), agora adversário político, já que o atual prefeito de São Paulo tentará a reeleição. Sua volta é vista como um movimento estratégico para fortalecer a candidatura de Boulos e enfrentar os desafios políticos da maior cidade do país.

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