PSDB deve lançar Serra como candidato oficial amanhã

Ele lidera todas as pesquisas de opinião de abril

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PSDB deve lançar o ex-governador de São Paulo, José Serra, oficialmente como candidato à presidência amanhã.

Há cinco décadas na política, o economista de 68 anos participou da fundação do PSDB em 1988 e será proclamado candidato presidencial pela sigla.

Serra concorreu à Presidência nas eleições de 2002, quando foi derrotado pelo carisma do presidente Luis Inácio Lula da Silva, que chegou ao poder em sua quarta candidatura.

Ele lidera todas as pesquisas de opinião de abril com uma vantagem entre 5 e 9 pontos percentuais em relação a governista, Dilma Rousseff (PT), que acaba de renunciar a Casa Civil para ser candidata.

Dilma, 62 anos, que como Serra também é economista, foi lançada pelo próprio Lula como candidata, apesar de jamais ter concorrido a uma eleição.

Na década de 1970 a candidata do PT participou das guerrilhas que combateram a ditadura, que Serra enfrentou a frente da União Nacional de Estudantes, entidade que presidia em 1964 quando ocorreu o golpe militar.

Nessa época, a ex-ministra chegou a passar três anos na prisão, onde sofreu graves torturas. Serra não conheceu as prisões da ditadura, mas viveu como clandestino durante meses e passou 14 anos no exílio, oito deles no Chile.

Enquanto esteve no Chile, o ex-governador trabalhou na Comissão Econômica Para a América Latina e o Caribe (Cepal) e chegou a ser assessor do Governo do presidente Salvador Allende (1970-1973), cuja derrocada e morte o fez abandonar o país para continuar seu exílio nos Estados Unidos.

Ele retornou ao Brasil em 1977 e retomou sua atividade política, sempre junto a Fernando Henrique Cardoso, que ajudou a chegar à Presidência nas eleições de 1994, nas quais Serra foi eleito senador.

Durante o Governo de seu "companheiro", como sempre chamou Cardoso, foi ministro do Planejamento e depois da Saúde, uma área na qual obteve os maiores reconhecimentos de sua vida política, especialmente por um bem-sucedido programa de combate a Aids.

Após a derrota nas eleições de 2002, Serra se refugiou em seu forte de São Paulo, onde foi eleito prefeito da cidade em 2004 e depois governador do Estado, em 2006.

No dia 31 de março, ao deixar o cargo de governador para ser candidato presidencial, adiantou que oferecerá "um Governo que sirva aos interesses públicos e não a máquina partidária", como a oposição defende que Lula fez.

Segundo fontes do PPS, "o lançamento da candidatura de Serra será mais que um ato político, e mostrará a união da oposição e de diversos segmentos da sociedade em torno da construção de um novo projeto de desenvolvimento para o Brasil".

O ato será realizado em Brasília e são esperados cerca de 2,5 mil pessoas. Entre os oradores que devem discursar antes de Serra estão o senador Sergio Guerra, presidente do PSDB, o deputado Rodrigo Maia, quem preside o DEM, e o líder nacional do PPS, Roberto Freire.

Também está prevista a participação de Fernando Henrique, acusado pelo atual Governo de haver deixado ao país à beira da quebra mediante a vasta política de privatizações que levou a cabo entre 1995 e 2003. EFE

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