O Psol e o PSDB sugeriram, na tarde desta segunda-feira, que o Conselho de Ética do Senado inicie o julgamento político do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) imediatamente. Para o líder tucano, senador Alvaro Dias, "depois de tantas denúncias a situação de Demóstenes chegou ao limite, ficando insustentável". Ele argumentou que "por não depender de preciosismo jurídico, o julgamento político deve ser imediato para presevar a instituição."
Randolfe Rodrigues (AP), líder do Psol, também endossa o coro dos que pedem a ação do Conselho de Ética, por verem quebra de decoro parlamentar na conduta de Demóstenes. "É preciso separar o julgamento jurídico do julgamento politico. E a condição política dele (Demóstenes) não resiste aos fatos. A responsabilidade agora é do Senado. É a instituição que, por meio do Conselho de Ética, deve agir e apresentar solução política. Está insustentável", disse.
O colegiado avisou que poderá se reunir no dia 10 de abril para eleger novo presidente e iniciar trabalhos. Por considerar demorado tal prazo, o Psol anunciou que hoje apresentaria ofício à Mesa Diretora, pedindo que o Conselho de Ética inicie trabalho "breve e célere" e apresente manifestação a respeito do senador.
O líder tucano sugeriu ainda que Demóstenes Torres se antecipe ao julgamento político, renunciando ao cargo de senador. "O julgamento politico é inevitável e cabe ao Senado agilidade para preserver a instituição. Mas se houver renúncia, nos livraria desse constrangimento todo. A decisão é dele, mas seria o melhor para todos", disse Álvaro Dias.
Randolfe Rodrigues lembrou o histórico do comportamento do senador Demóstenes em casos de denúncias contra parlamentares e cobrou coerência. "Pelo passado do senador, o mais coerente agora seria a renúncia. A ação mais digna dele, neste momento, seria renuncia e ficar, inclusive, mais à vontade na defesa", disse o líder do Psol.