Enquanto ainda define os nomes que deverão fazer parte da chapa majoritária governista, os membros do Partido dos Trabalhadores já estudam os nomes dos pré-candidatos das coligações proporcionais que deverão ser levados para aprovação das convenções partidárias que serão realizadas em junho. De acordo com o presidente do diretório petista no Piauí, Fábio Novo, é preciso cautela no número de candidatos para que o PT ?não se torne escadinha? para os demais partidos.
O argumento de Fábio Novo é que, nas últimas eleições para deputados, o PT teve um maior número de votos em comparação a outros partidos e ainda assim, só conseguiu eleger apenas dois deputados. ?Tivemos mais votos que o PMDB, por exemplo, e eles conseguiram eleger a mesma quantidade de deputados que nós. Ou seja, fomos ?escadinhas? para eles porque estávamos coligados com eles e levamos para as urnas um número maior de candidatos. Os votos foram divididos?, explicou.
Para essas eleições, a estratégia a ser adotada pelo PT será outra. A idéia é eleger pelo menos sete deputados estaduais e dois federais. ?Se o PT for coligado com vários partidos, deveremos reduzir o número de candidatos. Assim, teremos mais chances de eleger os nomes que iremos apresentar?, reiterou, acrescentando que aguarda as definições do PMDB para definir os números de candidatos petistas.
Ainda de acordo com Fábio Novo, o PT mantém a proposta de indicar um nome para a vaga de vice do governador Wilson Martins (PSB). ?O fato do PT ter aceito retirar sua candidatura a favor do Wilson Martins mostra maturidade política do PT. Aceitamos isso porque o Wilson mostrou que está afinado com nosso discurso de continuidade do projeto?, ressaltou, fazendo ressalvas. ?Mas precisamos ser cautelosos para não fazermos uma coligação que não venha a beneficiar o partido?, conclui. (M.M)