O deputado estadual Alessandro Molon (PT-RJ) irá pedir a abertura de um inquérito para investigar as origens e os objetivos do decreto 41.921/2009 que regulamenta construções nas Zonas de Conservação da Vida Silvestre e engloba 21 mil hectares em Angra dos Reis e em mais 90 ilhas, entre elas a Ilha Grande, sancionado pelo governador Sérgio Cabral (PMDB). Para o deputado, o decreto beneficiaria o apresentador de TV Luciano Huck e pode influenciar na ação civil pública em que o apresentador é defendido pelo escritório de advocacia da primeira-dama, Adriana Ancelmo Cabral. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
O escritório da primeira-dama defende Huck em um processo movido pela prefeitura de Angra dos Reis, em outubro de 2007. Na ação, o apresentador é acusado de fazer obras irregulares em sua casa, na Ilha das Palmeiras, em Ilha Grande, e com isso, ter causado danos ao meio ambiente. Para o deputado, a atuação do escritório de advocacia da primeira-dama coloca sob suspeita a edição do decreto pelo governador. Molon já entrou com ação judicial para tentar caçar a medida, que também é questionada pela Procuradoria-Geral da República no Supremo Tribunal Federal (STF). O governo do Rio de Janeiro, por meio de sua assessoria, afirmou que não irá se pronunciar sobre o assunto.