O comando nacional do PV adiou para esta sexta-feira (8) a reunião prévia que ocorreria nesta quinta (7), em São Paulo, para definir as cobranças que serão feitas aos candidatos do PT e do PSDB à Presidência da República, Dilma Rousseff e José Serra, no segundo turno das eleições.
Dividido internamente, o PV fará convenção nacional no dia 17 para anunciar se apoiará um dos candidatos ou liberará seus filiados. Antes, a legenda quer apresentar uma plataforma com as prioridades e analisar as propostas de cada candidato.
Terceira colocada no primeiro turno das eleições, Marina Silva (PV), virou alvo das atenções de Dilma e Serra, que buscam seu apoio. Porém, a senadora acriana avisou que só assumirá uma posição depois da convenção. Até lá, tenta escapar da pressão. Hoje, ela ficou em São Paulo, mas sem compromissos públicos agendados.
Coordenador da campanha de Marina, o presidente do PV no estado do Rio, Alfredo Sirkis, disse que o partido vai elaborar uma plataforma mínima com as propostas que devem ser discutidas com os dois candidatos. A ideia é apresentar tais propostas antes de o partido definir sua posição no segundo turno. Existe a possibilidade de o PV decidir-se pela neutralidade.
- Não haverá negociação fisiológica. [...] Já que perdemos [as eleições], podemos dar uma contribuição para a sociedade, melhorando a qualidade da discussão política e colocando a questão da sustentabilidade no centro do debate.
Inicialmente, a ideia era que a reunião prévia da convenção ocorresse hoje. Assessores do PV informaram que a reunião foi remarcada porque houve problemas para alguns dos filiados em conseguir passagens aéreas. De acordo com eles, na reunião, os membros do partido vão definir os pontos programáticos e estratégicos considerados prioritários no debate entre Dilma e Serra.