Ronnie Lessa, ex-policial militar e réu confesso no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, revelou em sua delação premiada detalhes chocantes sobre o planejamento do crime. Lessa afirmou que, dois dias antes das mortes, pesquisou locais para a execução da vereadora enquanto bebia uísque com seu amigo, o advogado André Luiz Fernandes Maia, conhecido como “Doutor Piroca”.
Segundo relatório da Polícia Federal (PF), Lessa estava "obcecado em encontrar uma alternativa viável" para a execução e estudou o endereço de Marielle com afinco na companhia de Maia. Este último, brevemente mencionado na delação de outro suspeito, Élcio de Queiroz, também é investigado pelo envolvimento no caso.
QUEM ERA? André Luiz Fernandes Maia era considerado "marrento" e envolvido em brigas, além de ser conhecido por andar armado. Sua morte, ocorrida em 12 de abril de 2018, foi atribuída a dois homens armados que o abordaram em seu bairro, o Anil, zona oeste do Rio de Janeiro.
A Polícia Civil concluiu que o homicídio de Maia foi motivado por dívidas com a milícia, mas seu apelido peculiar e seu comportamento chamaram atenção. Lessa, em sua delação, apontou outros três suspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle e Anderson, além da tentativa de matar a assessora Fernanda Chaves.
No domingo (24), a PF prendeu o deputado Chiquinho Brazão (União-RJ), o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão, e o ex-chefe da Polícia Civil no Rio, Rivaldo Barbosa, na operação "Murder Inc.". Segundo o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), divergências políticas em relação à regularização fundiária podem estar por trás das motivações do crime.
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