A coordenação da campanha de Orestes Quércia reuniu a imprensa nesta segunda-feira (6) para comunicar oficialmente que o ex-governador de São Paulo renunciou a candidatura ao Senado. A desistência se deve à reicidência de um câncer em sua próstata que foi diagnosticado na semana passada. Na última terça-feira (31), o político foi internado no hospital Sírio Libanês, onde segue até hoje.
Durante a coletiva, foi lida uma carta escrita por Quércia na qual ele agradece o apoio recebido durante toda a campanha e pede que todos os esforços sejam voltados agora para a candidatura de Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB. A decisão do político não foi motivada por ordens médicas, mas sim por que foi convencido por sua família de que o melhor a ser feito agora é cuidar de sua saúde.
O tempo de propaganda que seria usado por ele na TV e no rádio irá automaticamente para Aloysio, já que o espaço reservado para a propaganda política não pertence aos candidatos, mas à coligação da qual fazem parte. Caso a recuperação de Quércia seja breve, estuda-se a possibilidade de que ele apareça novamente no horário eleitoral, desta vez pedindo votos para o candidato ao Senado do PSDB. O que é certo é que o PMDB tentará um acordo com o PSDB para garantir a suplência na chapa de Aloysio.
A coordenação do PMDB informou que não há superávit de caixa na campanha do candidato. O que existe são alguns contratos ainda em vigência e que poderão ou não ser absorvidos pela campanha de Aloysio, dependendo do entendimento entre os partidos.
Aos jornalistas, o candidato restante da coligação "Unidos por São Paulo", Aloysio Nunes Ferreira, disse que não acredita numa transferência imediata de votos dos eleitores de Quércia para ele. Nunes afirmou que é muito cedo para fazer qualquer tipo de prognóstico e que vai esperar o resultado das próximas pesquisas de votos.
O advogado do PMDB, Ricardo Porto, informou que não há mais tempo hábil para retirar o nome e a foto de Quércia das urnas eletrônicas. Ele disputava um cargo majoritário, para o qual não vale a regra do voto em legenda. Sendo assim, os votos que forem computados para o ex-governador serão considerados nulos.
Também participaram da coletiva Andréia Quércia (filha do ex-governador), Jorge Caruso (vice-presidente estadual do PMDB) Marcelo Barbieri (coordenador da campanha de Quércia), e Carlos Maganini (diretor de imprensa da campanha).