O Ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias, anunciou que o governo só iniciará as discussões sobre o reajuste nos valores do Bolsa Família no ano de 2024, visando a elaboração de uma proposta para o projeto de orçamento de 2025. Atualmente, o benefício médio pago em todo o Brasil é de R$ 688,97, beneficiando 21,45 milhões de famílias em todo o país.
Durante uma coletiva de imprensa realizada após a cerimônia que comemorou o vigésimo aniversário do Bolsa Família, ocorrida na última sexta-feira (20), Dias explicou que o reajuste do benefício será calculado levando em consideração variáveis como o custo dos alimentos, o salário mínimo, o câmbio e o valor do dólar.
“O valor que repassamos para cada família leva em conta vários fatores. Do ponto de vista da referência do valor do pagamento, levamos em conta o custo do alimento, levamos em conta a própria política do salário-mínimo, temos fatores vinculados à inflação, vinculados à moeda, o câmbio. Ou seja, o valor que repassamos para cada família leva em conta vários custos, mas ali no começo do ano (que vem) vamos tratar disso. O presidente Lula de um lado é muito sensível e são as prioridades para os mais pobres, mas também ele trabalha com muita responsabilidade fiscal. (…) Em dois mil e vinte e quatro é que vamos tomar essa decisão”, disse.
Em meados de julho, surgiu a discussão no governo a respeito da possibilidade de aplicar um aumento de 4% no benefício para o próximo ano. A ideia era incorporar essa proposta no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) destinado a 2024, o qual foi submetido pelo Executivo ao Congresso Nacional em 31 de agosto.
Contudo, o mencionado aumento não foi incluído na proposta enviada ao legislativo federal. O Secretário de Orçamento Federal, Paulo Bijos, esclareceu que a ausência desse reajuste para o próximo ano não significa que o programa não seja uma prioridade do governo.
Em entrevista à CNN em setembro, ele disse que, “nas próximas janelas de oportunidade, com abertura de espaço fiscal, outras demandas podem ser reavaliadas”.
(Com informações da CNN Brasil)