Rede confirma candidatura de Marina Silva em chapa com o PSB ao governo

Como Rede não é um partido registrado, homologação é ato simbólico

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Em seu 1º Congresso Nacional neste sábado (17), a Rede Sustentabilidade homologou a candidatura da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva à vice-presidência da República em chapa com o PSB. Como a Rede não é um partido registrado na Justiça Eleitoral, a homologação é um ato simbólico, sem valor jurídico.

O partido, criado por Marina, não teve registro homologado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a tempo de participar das eleições deste ano, por falta de assinaturas de apoio. Mesmo assim, a Rede se reúne para discutir e analisar a conjuntura e tática eleitoral em 2014, a política de organização nacional e sua estrutura, além de escolher os membros do Diretório Nacional, Executiva Nacional e da Comissão de Ética.

"Mesmo antes de receber o registro a gente já tem instâncias eleitas pela totalidade dos filiados em todos os 27 estados, coisas que partidos com bastante mais tempo de existência ainda não se propuseram a fazer", afirmou Basileu Margarido, coordenador-executivo da Rede.

Candidatos nos estados

Após a homologação, em entrevista coletiva, Marina Silva comentou os entendimentos que estão sendo feitos entre PSB e Rede para as candidaturas estaduais. Segundo ela, já há consenso em 12 estados para o lançamento de candidatura própria - em outros, como Minas Gerais, isso ainda está sendo discutido.

"Nós estamos trabalhando para ter candidatura própria na maioria dos estados. Nós já temos candidatura própria em 12 unidades da federação, estamos aprofundando as discussões nos demais estados até o final de junho e em estados importantes como Rio de Janeiro e São Paulo já temos a decisão da candidatura própria", afirmou.

Em São Paulo, segundo ela, discute-se ainda quem será o candidato. Os cotados são o vereador Ricardo Young (PPS), o historiador Célio Turino, o deputado federal Márcio França (PSB) e João Paulo Capobianco, que coordenou a campanha de Marina à presidência em 2010.

Ela negou haver ?tensionamento? entre ela e Eduardo Campos para fechar as alianças estaduais.

"Aquilo que as pessoas imaginam que é um tensionamento entre a Rede, o PSB e o PPS não é nada disso. Muito pelo contrário, há um esforço, sendo que a maior parte desse esforço está sendo feita pelo PSB e pelo governador Eduardo Campos, porque, afinal de contas, eles já estavam numa trajetória com uma série de composições que vinham sendo debatidas e que, agora, nessa nova realidade, o próprio partido e o governador estão reposicionando", sustentou.

Coligações partidárias

Pela manhã, na abertura do primeiro Congresso Nacional da Rede, Marina Silva criticou coligações partidárias feitas apenas para obter tempo de propaganda na televisão, ou em troca de ministérios.

"Não é errado governar compondo com outros partidos. Ninguém governa sozinho. Mas não pode ser em nome de um pedaço do Estado para chamar de seu. Tem que ser com o compromisso de implementar um programa", defendeu Marina.

Metrô até os estádios

Questionada, a pré-candidata à vice-presidência evitou criticar a declaração dada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última sexta-feira (16), em entrevista a blogueiros, de que seria "babaquice" cobrar que os metrôs levassem o torcedor até a porta do estádio.

"Agora as pessoas estão percebendo que o legado [da Copa] não está ficando. Então, a gente não tem que ficar fazendo uma discussão do embate [sobre] o que ou quem falou o quê. A gente tem que olhar objetivamente para o que está acontecendo. É preciso uma resposta para o grande problema da mobilidade que está acontecendo nas cidades".

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