A governadora Regina Sousa inaugurou nesta segunda-feira, 27, a primeira fábrica de pré-moldados de concreto da Colônia Agrícola Major César. A ideia da fábrica iniciou com a finalidade principal de produzir blocos e bloquetes para pavimentação de vias e calçadas e pela necessidade de capacitar, oferecer trabalho e ocupação para os internos, livrando-os assim da ociosidade e preparando-os para a reinserção social.
“É uma ideia antiga que tínhamos para colocar em prática e felizmente agora conseguimos. Vimos esse grande exemplo no Maranhão, onde os internos produzem e as prefeituras compram por meio do Estado. O material é utilizado para pavimentação, por exemplo. Precisamos mostrar ações como estas e dizer para a sociedade que é possível transformar pessoas por meio do trabalho”, disse a governadora.
Segundo o secretário da Justiça, Carlos Edilson, essa é a primeira fábrica de pré-moldados do Piauí, na qual serão produzidos os blocos dentro de unidades prisionais. “Temos essa que está sendo inaugurada e serão inauguradas mais três. É uma atividade para o reeducando, um momento no qual ele pode trabalhar dentro da unidade, produzir e devolver para a sociedade”, disse.
Parcerias
As fábricas são formadas por entes públicos e tiveram a colaboração de dois piauienses: João Rodrigues da Silva, vizinho da unidade penal, fez a doação de uma parte dos maquinários necessários para o funcionamento da atividade, equipamentos de uma antiga fábrica que fechou após sua aposentadoria; e Valdemar Bezerra que colaborou na instrução dos internos para a produção de pré-moldados, contribuindo dessa forma para a reinserção dessas pessoas de volta à sociedade.
Para João Rodrigues é uma oportunidade para ajudar os internos a terem uma forma de trabalhar e não voltarem a cometer crimes. “Essa nova gestão está muito empenhada em ressocializar esses homens. Então, resolvi ajudar enquanto cidadão”, afirmou.
O gerente da Colônia Agrícola, Reginaldo Ribeiro, informou que 20 internos participarão do projeto com insumos disponíveis para o trabalho. “Para começar, eles irão fazer a pavimentação da rua do presídio até a BR, depois vamos procurar um convênio com algum órgão público para que ele possa comprar esses produtos e com o resultado disso, serão comprados mais insumos e será criado um pecúlio para os internos”, afirmou.