Relação de Lula e militares volta à estaca zero após descoberta do plano para envenená-lo

O ambiente é comparado ao período dos ataques golpistas de 8 de janeiro, quando a tensão entre o governo e a caserna se intensificou

Presidentes Lula | Hugo Barreto/Metrópoles
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Integrantes do governo avaliam que a relação entre o presidente Lula (PT) e os militares voltou a um patamar crítico. O ambiente é comparado ao período dos ataques golpistas de 8 de janeiro, quando a tensão entre o governo e a caserna se intensificou. O principal motivo do desgaste seria a inclusão das Forças Armadas no pacote de corte de gastos do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Os militares veem a medida como possível retaliação pelas revelações da Polícia Federal sobre o plano de golpe que incluiu o assassinato de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes. A proposta estabelece idade mínima de 55 anos para a reserva militar, com transição até 2032. A equipe econômica nega retaliação e defende que as mudanças visam ajustes na previdência, assim como ocorrem em outras áreas.

prisão de quatro militares

A crise se agravou com a prisão de quatro militares suspeitos de envolvimento no plano de assassinato do presidente, em 19 de novembro. Outro fator de tensão foi a exoneração do coronel Anderson Freire Barboza, que teria chamado Lula de “ladrão” e questionado as eleições de 2022 em um grupo de WhatsApp. O episódio resultou na exoneração do militar pelo Ministério da Defesa.

A situação piorou após a PF indiciar 25 militares, incluindo sete generais, e apontar Jair Bolsonaro como peça central no plano de ruptura institucional. As recentes movimentações indicam um clima de desconfiança entre o governo e as Forças Armadas, alimentando a percepção de que a relação entre as partes voltou à estaca zero.

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