Relatora diz que radicais tentaram, mas não conseguiram golpe na CPI do 8/1

Senadora do Maranhão assumiu função nesta quinta e fez o primeiro pronunciamento sobre os trabalhos do colegiado.

Relatora diz que radicais tentaram, mas não conseguiram golpe na CPI do 8/1 | Reprodução
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A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), designada como relatora da CPI mista dos Atos Golpistas nesta quinta-feira (25), declarou em seu primeiro pronunciamento nessa posição que ocorreu uma tentativa de golpe no país, porém os radicais não lograram sucesso em concretizá-la.

Durante a sessão de instalação da CPI mista que investigará os episódios ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro, a senadora Eliziane Gama fez a declaração. Na ocasião, vândalos bolsonaristas radicais invadiram e causaram danos ao Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal. Entre os atos de vandalismo, obras de arte foram danificadas e móveis e equipamentos de trabalho foram destruídos.

"Houve uma tentativa de golpe, mas não conseguiram golpe. Um fato é claro: todos aqui somos contra aquilo que aconteceu, independentemente de ser base ou oposição. Queremos garantir, no Brasil, a democracia cada vez mais forte e firme", declarou a senadora.

Ainda em seu primeiro discurso como relatora da CPI, Eliziane Gama informou que, na próxima reunião da comissão, ela apresentará uma proposta de plano de trabalho. Há uma expectativa de que a CPI defina, por exemplo: datas e horários das reuniões, cronograma de depoimento e a votação de requerimentos.

Conforme afirmado por Eliziane Gama, o plano de trabalho da CPI mista conterá as medidas acordadas pela maioria dos membros. A proposta será formulada levando em consideração a representação da maioria do colegiado, ao mesmo tempo em que serão ouvidas as opiniões das minorias. A senadora ressaltou a importância do contraditório no processo democrático e destacou que é fundamental para fortalecer a democracia como um todo.

A primeira sessão da CPI, com bate-boca entre parlamentares da base e da oposição, deu uma amostra do clima quente que deve se repetir nas próximas reuniões do colegiado. Na sequência da sessão, Eliziane Gama se dirigiu ao plenário para dizer que não aceitará intimidação e que irá apresentar suas opiniões sobre os temas investigados pela CPI. 

 "Quero dizer aqui para quem quer que seja que intimidação e constrangimento até podem tentar fazer, mas eu não serei intimidada. Não estou aqui como relatora para agradar ou desagradar ninguém. Estou aqui para fazer meu papel e ter responsabilidade pública. [...] Meu papel como relatora vai ocorrer, minha posição vai ocorrer", afirmou.

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