Diego de Lima Gualda, o representante e administrador responsável pelo X (antigo Twitter) no Brasil, renunciou ao seu cargo, conforme consta em documento da Junta Comercial de São Paulo. Com informações do Uol.
O QUE ACONTECEU: A carta de renúncia foi protocolada em 8 de abril, dois dias após Elon Musk, proprietário da empresa, ameaçar desrespeitar ordens judiciais do Supremo Tribunal Federal (STF) e criticar o ministro Alexandre de Moraes.
Gualda assumiu suas funções em agosto de 2023 como procurador e administrador da empresa no país, já tendo ocupado o cargo de diretor jurídico anteriormente. De acordo com seu perfil no LinkedIn, sua atuação na empresa terminou em abril de 2024. Até o momento, não há registros de um novo nome ocupando sua posição na Junta Comercial. A equipe da reportagem está tentando entrar em contato com o advogado.
CONTEXTO DO CONFRONTO: No sábado, 6 de abril, Musk usou sua rede social para acusar Moraes de violar a Constituição brasileira e de promover a censura através de decisões judiciais. No dia seguinte, Musk continuou seus ataques contra Moraes, sugerindo que o ministro deveria renunciar ao cargo ou enfrentar um processo de impeachment.
Como resposta, o ministro incluiu o empresário como investigado no inquérito das milícias digitais, alegando que ele estava instrumentalizando o X de forma dolosa. Em 8 de abril, o empresário repetiu suas críticas, chamando Moraes de "ditador" e sugerindo que ele mantinha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sob controle.
Lula rebateu as críticas de Musk, indiretamente, em dois eventos do governo federal. Em 9 de abril, sem mencionar o nome do empresário, insinuou que "até bilionários tentam lançar foguetes", sugerindo que deveriam usar sua riqueza para preservar o meio ambiente. Em 10 de abril, o ex-presidente chamou o bilionário de "empresário americano que nunca plantou uma grama de capim no Brasil", novamente sem mencionar seu nome.