O governador do Paraná, Roberto Requião, confirmou nesta quarta-feira (27) que já apresentou ao PMDB o registro de sua candidatura a presidente da República. Requião vem percorrendo o país em busca do apoio, conversando com as lideranças do partido sobre a sua candidatura.
“Sou candidato a presidente e já oficiei isso ao partido....Defendo que o PMDB precisa se unir para definir um programa de governo para tirar das costas do presidente Lula o peso de uma candidatura que prega a existência de um Banco Central independente; que aposta do capital especulativo, vadio”, defendeu.
Em visita ao presidente da Assembléia Legislativa do Piauí, Themístocles Filho, acompanhado do deputado federal Marcelo Castro e de várias lideranças do PMDB, Requião expôs sua posição com relação à composição com outros partidos, como o PT e o PSDB, admitindo uma simpatia pela pré-candidata Dilma Rousseff.
“Em primeiro lugar, nossa consciência; em segundo, o país; em terceiro, o partido; por último os nossos interesses. Entendo que o partido que não lança candidato se transforma num balcão de negócios, um mero vendedor de espaço na televisão", ensina. Sobre uma eventual composição com o PT, Requião admitiu uma "simpatia" pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.
"Prefiro a ministra numa composição, porque ela tem o pensamento mais à esquerda, ao contrário do (José) Serra (governador de São Paulo), que representa o neoliberalismo, que morreu desde o governo de George Washington, nos Estados Unidos, mas se a Dilma insistir em manter a aliança com o capital especulativo; se aliar com quem defende o neoliberalismo, o capital vadio, como o (Henrique) Meireles (ex-presidente do Banco Central), não me interessa”, revelou o governador.
Segundo Roberto Requião, o PMDB e o país não podem aceitar que o Brasil seja transformado num especulador, exportador de commodities, parceiro do capital vadio, da especulação no mercado de ações. “Defender o Banco Central independente? Porque? Para acontecer como os Estados Unidos e a Argentina, que quebraram especulando nos mercados, como a bolsa de valores.
Se Dilma continuar pensando assim, (uma composição com) ela não me serve”, concluiu Requião, antes de seguir para a sede do PMDB, onde discutiu assuntos internos com lideranças do partido.