Apesar de ter apoiado o prefeito eleito de Teresina pelo PSDB, Firmino Filho, contra a indicação do PC do B ? que apoiou o atual prefeito Elmano Férrer (PTB) ? o secretário estadual de Segurança, Robert Rios, afirmou ontem que não vê motivos para ser expulso da legenda. ?Precisamos nos conciliar, e o partido precisa sentar na banqueta da humildade para conversar?, afirmou.
Robert Rios negou ainda que tenha aderido a Firmino. Ele usou o termo ?apoio? para se referir ao posicionamento tomado no segundo turno da eleição municipal na capital. ?Não aderi, não gosto desse verbo, eu apenas manifestei o meu apoio a Firmino. Meu partido apoiou o Elmano e eu o Firmino, da mesma forma que muitos outros do partido?, explicou. Ele também desmentiu qualquer especulação sobre a possibilidade de assumir ou indicar o gestor de alguma pasta na administração tucana a partir do próximo ano.
?Não tenho nenhum cargo no governo de Firmino Filho, nenhum compromisso com ele. A última coisa que preciso na minha vida é de cargo?, frisou. O presidente estadual do PCdoB, deputado federal Osmar Júnior, afirmou na semana passada que já considerava Robert Rios como fora do partido. ?Não posso expulsar quem já saiu. Ele tem o direito de ter a posição que ele quiser, o PC do B de hoje é o mesmo de 10 anos atrás, ninguém tá preso a nada.
Você só fica num partido se quiser?, disse Osmar Júnior.
Para o secretário de Segurança, como o PCdoB não fazia parte da coligação de Elmano Férrer, não haveriam motivos para ele ser expulso da sigla. ?Respeito muito Osmar Júnior, mas eu também tenho minhas crenças. O PCdoB saiu muito enfraquecido dessas eleições. O partido precisa ser reconciliado, ser recriado?, afirmou, acrescentando que só não apoiou Firmino no primeiro turno por respeito ao apresentador Beto Rego (PSB) e ao cantor Lázaro do Piauí (ex- PC do B), que formaram chapa na disputa majoritária pelo Palácio da Cidade.