O depoimento do ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que investiga irregularidades na estatal, foi liberado nesta sexta-feira, 12, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki. O ministro afirmou que ao Judiciário não cabe interferir nas convocações feitas por comissões de inquérito do Congresso.
Preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, Paulo Roberto foi convocado a comparecer à CPI na próxima quarta-feira, para falar sobre o acordo de delação premiada. Nos depoimentos, ele diz que distribuiu propinas da estatal a uma série de políticos.
Mas, ao contrário do que queriam os parlamentares, Zavascki não enviou os documentos que fazem parte da delação. O ministro afirmou que não tem essa documentação. Ele disse que, ao menos em seu gabinete, só existem as informações constantes de dois processos judiciais, ambos já enviados à comissão na última quarta-feira.
A assessoria da Procuradoria-Geral da República informou ontem que o procurador Rodrigo Janot é contra o compartilhamento da delação com a CPI para não atrapalhar as investigações. O relator da comissão, deputado Marco Maia (PT-RS), diz que, se for necessário, a oitiva do ex-diretor será feita de forma reservada. “A preocupação é para que haja maior aprofundamento das investigações”, disse ele ao Correio ontem.
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