Uma vez confirmado o impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) deverá assumir interinamente a Presidência da República da noite desta quarta-feira (31) até a próxima terça-feira, já que Michel Temer pretende embarcar para a China logo após ser empossado pelo Congresso Nacional. Ainda não está definido de que local Maia despachará. O Planalto deve ficar sob sua batuta mais vezes, pois Temer tem extensa agenda de viagens internacionais nos próximos dois meses.
Na China, Temer terá encontros bilaterais com chefes de Estado de China, Japão, Itália, Espanha e Arábia Saudita, encontrará investidores e irá ao G-20. Depois, deverá viajar para Nova York por volta do dia 20 de setembro, para discursar na abertura da Assembleia Geral da ONU. O evento vai até o dia 26, e normalmente os presidentes brasileiros chegam na véspera da cerimônia e ficam por mais um ou dois dias.
Antes de viajar por cerca de uma semana para Índia, onde participará de um encontro dos Brics, e Japão, em mais uma visita de Estado, o então presidente efetivo deverá encontrar o presidente argentino Mauricio Macri em Buenos Aires, entre o fim de setembro e o início de outubro. O Planalto também planeja uma viagem a Cartagena, na Colômbia, para a XXV Cúpula Ibero-americana, que será nos dias 28 e 29 de outubro.
Aliado de Temer, Rodrigo Maia foi eleito para a presidência da Câmara dos Deputados em julho. Deputado federal pelo Rio de Janeiro há cinco legislaturas, obteve seu primeiro mandato em 1998 e tentou se eleger prefeito do Rio em 2012, tendo Clarissa Garotinho (PR-RJ) como vice. Chegou a ser cotado para se tornar líder do governo Temer, mas este acabou escolhendo André Moura (PSC-SE), apoiado por Eduardo Cunha e partidos do chamado centrão.