O ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, ganhou um apoio de peso para assumir o comando da APO (Autoridade Pública Olímpica), a autarquia especial que será montada para administrar os jogos, com previsão de vigorar até 2018. Meirelles obteve o aval do ex-jogador de futebol e agora deputado federal Romário, que tomou posse nesta quarta-feira (2) como vice-presidente da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara.
Romário comentou o apoio dado a Meirelles para assumir a Autoridade Pública Olímpica
- Tem de ser um nome sério, respeitado, e são poucos como o de Henrique Meirelles.
A indicação de Meirelles, no entanto, não é consenso no Senado, onde ele deverá ser sabatinado assim que tiver o nome oficializado pelo Planalto.
O senador Roberto Requião (PMDB-PR) foi um dos que não concordaram com a escolha.
- Não tenho nada contra o doutor Meirelles. É capaz de ele ter sido na juventude um grande futebolista. Mas na sabatina vou perguntar o que ele tem a ver com a Olimpíada.
O relator da medida provisória recém-aprovada que cria a APO, senador Lindbergh Farias (PT-RJ), considera que o ex-presidente do Banco Central é o nome ideal para o posto por ter angariado grande respeitabilidade internacional.
- Estará em jogo a imagem do país, o que é uma questão de Estado. Meirelles vai ser uma espécie de guardião. Como bom gestor, vai dar grande credibilidade à organização dos Jogos [Olímpicos], principalmente por ser respeitado e conhecido internacionalmente
Nesta quarta-feira (3), Meirelles seria recebido pela presidente Dilma Rousseff, em encontro extra-agenda, para tratar da indicação para presidir a APO, convite que o economista já teria aceitado. No entanto, a reunião não foi confirmada pelo Planalto nem pela assessoria de Meirelles.