Nesta terça-feira (12), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, anunciou que o União Brasil apresentará uma denúncia ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o deputado Luciano Bivar, suspeitando de seu envolvimento no incêndio às casas de praia de Antônio Rueda, presidente eleito do partido. “Fato inaceitável e que não ficará impune”, afirmou o governador em nota.
INCÊNDIOS SOB SUSPEITA - As residências, localizadas em um condomínio em Ipojuca (PE), foram incendiadas na noite de segunda-feira (11), gerando especulações sobre motivações políticas devido à disputa pela presidência do partido entre Rueda e Bivar. Caiado considera o incêndio como um "crime político e um atentado contra o União Brasil".
DISPUTA INTERNA - Rueda e Bivar brigam pela presidência do partido desde o início do ano. Após o incêndio, uma ala do União levantou suspeitas sobre a participação de Bivar no caso. Além da representação junto ao TSE, Caiado informou que pedirá a cassação do mandato de Bivar.
Após acusações, Bivar classificou como “ilação” as afirmações feitas por correligionários. O congressista disse também que a mulher de Rueda, Flor da Fonte Rueda, roubou um “valor significativo” do cofre de seu apartamento. “São ilações. Por exemplo, a mulher do presidente foi no meu apartamento e roubou meu cofre. Essas coisas são acusações. Eu cedi confiantemente o segredo e ela roubou todo o dinheiro. Tinha um valor significativo”, disse a jornalistas em evento no Palácio do Planalto.
Entenda o caso
Recentemente, Bivar foi retirado da presidência do União Brasil em uma disputa controversa que envolveu uma briga e troca de ameaças com Antônio Rueda, que passou a ocupar o cargo. Antes das eleições, em 26 de fevereiro, houve uma conversa por telefone entre os dois, que terminou com xingamentos e ameaças, inclusive com a posterior divugação de um áudio em que Bivar supostamente teria dito que sabia onde a filha de Rueda morava.
Para membros do partido, o caso do incêndio é de “muita coincidência” com os últimos fatos políticos internos da sigla, contudo, uma ala do União Brasil defende cautela.
Com informações do Metrópoles e Poder 360