A Rússia realizou um ataque "em larga escala" contra as infraestruturas de energia da Ucrânia na manhã deste domingo (17), conforme informou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. O ataque envolveu o lançamento de 120 mísseis e 90 drones contra o país.
Explosões foram ouvidas em diversas regiões da Ucrânia, incluindo a capital Kiev, o principal porto do sul, Odesa, e as áreas oeste e central do país, conforme noticiado pela agência de notícias Associated Press. De acordo com o chefe da Administração Militar de Kiev, Serhii Popko, esse foi o ataque mais intenso lançado pela Rússia nos últimos três meses, combinando drones e mísseis.
Esse ataque ocorre em um contexto de crescentes preocupações sobre os planos da Rússia de Putin, de destruir a capacidade de geração de energia da Ucrânia, especialmente com a chegada do inverno rigoroso.
Zelensky acusou a Rússia de mirarem suas ações na infraestrutura energética ucraniana, e afirmou que as forças de defesa aérea ucranianas conseguiram abater cerca de 140 projéteis. O presidente detalhou que foram usados diversos tipos de drones no ataque, incluindo os iranianos Shahed, além de mísseis de cruzeiro, mísseis balísticos e mísseis lançados por aeronaves.
A DTEK, maior fornecedora privada de energia da Ucrânia, relatou que o ataque russo "causou danos significativos" em equipamentos de suas usinas termelétricas. A empresa informou que os funcionários estão trabalhando para realizar os reparos, mas não forneceu detalhes específicos sobre os danos, conforme a Reuters.
Desde a invasão em fevereiro de 2022, os ataques russos têm visado repetidamente a infraestrutura energética ucraniana, resultando em cortes de energia e apagões em diversas partes do país. Autoridades ucranianas têm solicitado constantemente o reforço das defesas aéreas por parte dos aliados ocidentais, para conter os ataques e possibilitar a recuperação da infraestrutura.