Apesar da previsão de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será submetido a uma cirurgia no quadril direito com anestesia geral na próxima sexta-feira (29), durante a qual ficará inconsciente por algumas horas, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) não assumirá formalmente a Presidência.
Essa possibilidade chegou a ser debatida no Palácio do Planalto, mas a conclusão foi de que tal medida não se fazia necessária. De acordo com a interpretação dos assessores de Lula, em caso de um evento que exigisse uma ação urgente, o vice estaria automaticamente apto a tomar decisões. Essa situação seria semelhante a um cenário em que o presidente, por exemplo, sofresse um mal-estar que o deixasse inconsciente de forma súbita.
O artigo 79 da Constituição descreve as funções do vice-presidente, estabelecendo que ele "substituirá o presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga".
Lula será submetido a uma artroplastia total de quadril no Hospital Sírio Libanês, em Brasília. O presidente tem enfrentado intensas dores na cabeça do fêmur devido a uma artrose desde agosto do ano passado. Em julho, ele tornou público seu desconforto durante uma transmissão ao vivo, mencionando que tem se sentido "irritado", "nervoso" e de "mau humor".
A cirurgia envolverá a implantação de uma prótese híbrida, que combina uma parte fixada com cimento ósseo e outra encaixada diretamente no osso. Após a operação, que se espera durar algumas horas, uma coletiva de imprensa será realizada com o ortopedista, o médico Roberto Kalil e a médica Ana Helena Germoglio, que atua na Presidência da República.
Após a cirurgia, é previsto que o presidente permaneça pelo menos três semanas despachando do Palácio da Alvorada.
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