Na manhã desta quarta-feira (02), a Polícia Federal (PF) prendeu preventivamente o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A ação se deu por meio da operação, realizada pela PF, que investiga a inclusão fraudulenta de dados de vacinação contra a Covid-19 praticada pelo militar.
Os agentes também executaram o processo de busca e apreensão em um endereço residencial de Bolsonaro no Jardim Botânico, no Distrito Federal. O ex-chefe do Executivo estava na residência no momento da operação policial e deve depor sobre o caso ainda nesta quarta-feira.
Conhecido como Mauro Cid, o tenente-coronel é filho do general Mauro Cesar Laureta Cid, colega de Bolsonaro durante o curso de formação de oficiais do Exército, que também foi auxiliar de ordens do ex-presidente ao longo de sua gestão presidencial.
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Com o histórico de proximidade com a família Bolsonaro, Mauro Cid teve livre acesso ao gabinete presidencial. O militar acompanhava o ex-presidente de forma integral dentro e fora do Palácio do Planalto, além de ser encarregado de supervisionar seu celular, a ponto de atender ligações e a responder mensagens de cunho oficial.
O assessor presidencial ganhou a atenção policial após ter suas conversas via Whatsapp, com o blogueiro Allan dos Santos, do canal Terça Livre, no inquérito investigativo sobre a organização e o financiamento de atos antidemocráticos, como o ocorrido em 08 de janeiro.
O tenente também está envolvido no caso das joias das arábias, avaliadas em R$ 16,5 milhões de reias, trazidas de modo ilegal para o Brasil.
No governo Lula, Cid é considerado peça-chave da demissão do comandante do Exército, general Júlio Cesar de Arruda.