Saída recente de Bolsonaro do Brasil sem passaporte acende alerta vermelho para PF

Segundo sua defesa, o ex-presidente viajou para a Argentina no início de dezembro de 2023 para a posse de Milei, utilizando apenas sua carteira de identidade

Ex-presidente Jair Bolsonaro | Marcos Corrêa/PR
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deslocou-se recentemente para o exterior, desembarcando em território estrangeiro sem utilizar seu passaporte. A ação ocorre após a determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, na Operação Tempus Veritatis, ordenando que Bolsonaro entregasse seu passaporte às autoridades.

Segundo a defesa de Bolsonaro, o ex-presidente viajou para a Argentina no início de dezembro de 2023 para a posse de Javier Milei, utilizando apenas sua carteira de identidade. Em países do Mercosul, como a Argentina, o embarque é permitido mediante a apresentação desse documento específico.

A viagem a Buenos Aires para a posse de Milei ganhou destaque, já que Bolsonaro informou a Moraes que estaria acompanhado pelo coronel da reserva do Exército, Marcelo Costa Câmara. Câmara, por sua vez, foi preso preventivamente na quinta-feira (8) por ordem do ministro do STF no âmbito da Operação Tempus Veritatis.

Justificativa dada a Moraes

A defesa do ex-presidente comunicou a Moraes sobre a viagem e a presença do coronel, declarando que Bolsonaro utilizaria apenas seu documento de identidade. A petição afirmava: "O peticionário [Bolsonaro] estará acompanhado pelo Coronel Marcelo Costa Câmara e utilizará seu documento de identidade para esta viagem, não necessitando do passaporte para tanto".

A entrega do passaporte, solicitada por Moraes, não ocorreu durante a busca e apreensão realizada em Mambucaba, Angra dos Reis (RJ), onde Bolsonaro possui uma residência. Entretanto, o documento foi posteriormente apresentado em Brasília, de acordo com informações divulgadas pela defesa do ex-presidente.

As tensões entre Bolsonaro, o STF e a Polícia Federal (PF) são evidenciadas pela recusa inicial em entregar o passaporte, alimentando preocupações de que o ex-presidente poderia buscar refúgio em países sem tratado de extradição, como os Estados Unidos. A Operação Tempus Veritatis permanece em curso, com desdobramentos que continuam a surpreender a opinião pública brasileira.

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