O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, do MDB, planeja anunciar a gratuidade nos ônibus aos domingos. A proposta, discutida em reunião com a SPTrans, está em fase de teste e busca reaquecer o transporte público, enfrentando oposição do governo estadual. As informações são da Folha de São Paulo.
Conforme a publicação, a implementação da tarifa zero ainda levanta questões sobre seu custo e funcionamento prático. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) já disse ser contrário ao modelo. O governador articula um reajuste no preço da passagem, congelada em R$ 4,40 desde janeiro de 2020. Segundo a publicação, o valor pago pela prefeitura como subsídio para as empresas de ônibus aumentou de R$ 3,3 bilhões em 2019 para quase R$ 6 bilhões este ano.
Nunes, visando a reeleição em 2024, apoia a medida como forma de estimular o uso do transporte coletivo, enquanto a possibilidade de migração para ônibus preocupa a manutenção de tarifas nos outros modais. A capital funciona sob o regime de integração: enquanto a prefeitura paga subsídio às empresas de ônibus, cabe ao governo estadual custear os gastos com o metrô e trens. Há uma espécie de acordo para que os três modais sempre tenham o mesmo valor da tarifa.
O prefeito considerou também o passe livre noturno, mas essa medida permanece em discussão. A Câmara dos Vereadores aprovou uma reserva de R$ 500 milhões para custear o transporte gratuito em 2024, sugerindo também a gratuidade em linhas periféricas e a entrega de 44 passagens mensais a usuários de baixa renda, embora essas propostas ainda não tenham sido definidas.