Sarkozy diz que França não irá abrir mão de armas nucleares

Sarkozy afirmou, ainda, que países como Estados Unidos e Rússia deviam tomar a dianteira

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O presidente francês Nicolas Sarkozy disse, nesta segunda-feira, que a França não irá abrir mão das armas nucleares, pois isso poderia enfraquecer a segurança do país. A afirmação, segundo a AFP foi dada para a rede americana CBS.

"Eu não posso comprometer a segurança do meu país", disse Sarkozy antes de se encontrar com o presidente americano Barack Obama, em Washington. Ele disse que não abandonar as armas nucleares em uma iniciativa unilateral.

Sarkozy afirmou, ainda, que países como Estados Unidos e Rússia deviam tomar a dianteira para liderar esforços para diminuir seus grandes arsenais nucleares, mais do que esperar que a França, que tem um número de armas atômicas bem menor, se desarme.

Hoje, a cúpula começou a render resultados concretos e importantes. A Ucrânia anunciou após a reunião bilateral entre Obama e o presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, que Kiev renunciará ao seu material nuclear altamente refinado em dois anos, data da próxima cúpula de segurança nuclear. Além disso, EUA e China decidiram cooperar na resolução da ONU sobre novas sanções ao programa nuclear do Irã.

Segundo a Casa Branca, Obama e seu colega chinês, Hu Jintao, deram instruções a suas delegações para que, ao redigir a resolução, fique claro para o Irã quais as consequências de um eventual não cumprimento da vontade da comunidade internacional.

A reunião entre Washington e Pequim foi a mais importante e esperada da longa série de encontros bilaterais mantidos por Obama, que recebeu ontem os líderes de Índia, Cazaquistão, África do Sul, Paquistão e Nigéria. Hoje, Obama se reuniu com os representantes da Jordânia, Malásia, Armênia, Ucrânia e China.

Para completar, o presidente abrirá um espaço em sua agenda amanhã para receber os governantes de Turquia e Alemanha. A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, e o secretário de Energia, Steven Chu, terão reuniões paralelas com seus colegas.

O encontro em Washington acontece após a histórica redução de arsenais nucleares acordada entre EUA e Rússia e depois que o Governo Obama assegurou, como parte de sua nova estratégia nuclear, que só utilizará bombas atômicas em "circunstâncias extremas".

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