Termina neste sábado (2) o prazo para que ministros, governadores, prefeitos e secretários de governo que desejam disputar novos cargos nas eleições de 2022 deixem as atuais funções. Pela legislação, eles precisam se afastar das funções a seis meses da eleição.
O afastamento dos ocupantes de cargos públicos é uma forma de evitar abuso de poder econômico ou político nas eleições. Mas políticos que ocupam cadeiras no Legislativo, como deputados federais e estaduais, não precisam abrir mão do mandato para concorrer a um novo mandato.
Além da chamada "desincompatibilização", o calendário eleitoral também estabelece que todos os eventuais candidatos devem estar filiados ao partido político pelo qual pretendem concorrer até este sábado.
Governadores
Entre os governadores, quatro renunciaram ao mandato nesta quinta-feira (31) para disputar a eleição:
Wellington Dias (PT-PI), pré-candidato a senador;
João Doria (PSDB-SP), pré-candidato a presidente;
Flávio Dino (PSB-MA), pré-candidato a senador;
Eduardo Leite (PSDB-RS), que ainda não anunciou qual mandato disputará.
Dois governadores têm previsão de renunciar neste sábado (2):
Camilo Santana (PT-CE), pré-candidato a senador;
Renan Filho (MDB-AL), pré-candidato a senador.
Ministros
Até esta quinta-feira (31), dez ministros tinham deixado os postos:
Walter Braga Netto (Defesa), cotado para candidato a vice-presidente pelo PL na chapa de Jair Bolsonaro;
Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), filiada ao Republicanos e que ainda não anunciou qual mandato disputará;
Flávia Arruda (Secretaria de Governo), pré-candidata a senadora pelo PL no Distrito Federal;
Gilson Machado (Turismo), pré-candidato a senador pelo PL em Pernambuco;
João Roma (Cidadania), pré-candidato a governador da Bahia pelo PL;
Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia e Inovações), pré-candidato a deputado federal pelo PL por São Paulo;
Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência), pré-candidato a governador do Rio Grande do Sul pelo PL;
Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), pré-candidato a senador pelo PL no Rio Grande do Norte;
Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura), pré-candidato a governador de São Paulo pelo PL;
Tereza Cristina (Agricultura), pré-candidata a senadora pelo PP no Mato Grosso do Sul.
Dos ministros que deixaram os cargos, somente um foi mantido no governo. Cotado para compor a chapa do presidente Jair Bolsonaro à reeleição como candidato a vice-presidente, o general Walter Braga Netto foi nomeado assessor especial do gabinete pessoal de Bolsonaro.
Nesse cargo, Braga Netto não precisará cumprir o prazo de afastamento a seis meses da eleição. Segundo a legislação eleitoral, ele deverá deixar a função a três meses das eleições, até 2 de julho.
Fonte: G1