O Senado Federal já reuniu as 31 assinaturas de senadores suficientes para a abrir a CPI dos Atos Antidemocráticos, proposta por lideranças de governo para investigar a responsabilidade pelos atos de vandalismo que ocorreram neste domingo (8), em Brasília. Com informações da CNN.
O número foi divulgado nesta madrugada por assessores parlamentares da casa. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que estava em viagem de férias, retorna antecipadamente a Brasília com objetivo de instalar a comissão já nesta terça-feira (10), em sessão extraordinária. Segundo interlocutores, Pacheco faz questão de ser dele a leitura do requerimento de abertura da CPI.
Até lá, há esforço para completar o número de assinaturas necessárias. O presidente em exercício do Senado, Veneziano Vital do Rego (MDB-PB), convocou reunião com líderes, para esta segunda-feira, às 10h, na residência oficial do Senado.
Durante a invasão dos prédios em Brasília, Veneziano afirmou ver responsabilidade do governo do Distrito Federal no descontrole da situação. A declaração ocorreu antes mesmo do afastamento do governador Ibaneis Rocha do cargo. Ambos são do mesmo partido, o MDB.
“Os episódios verificados hoje, com as invasões dos locais que sediam os Poderes da República, refletem da forma mais definida o espírito terrorista com o qual agem os derrotados democraticamente no voto. Além de explicitar a participação deliberada do Governo do DF de não conter essa depredação generalizada e inadmissível”, disse.
Um dos autores do pedido de CPI, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou em sua rede social que o atentado deste domingo foi um “crime anunciado”.
“A situação não admite tolerância ou ingenuidade. Eu e o senador Randolfe Rodrigues [Rede-AP] estamos propondo uma CPI para apurar as responsabilidades sobre o mais grave ataque contra a democracia brasileira. Assim como foi no Capitólio. Eles não passarão”, disse.