O coronel da Polícia Militar do Piauí, Ricardo Pires de Almeida, investigado por suspeita de estupro de vulnerável, apresentou-se nesta quinta-feira (31) no Quartel do Comando Geral, em Teresina. A denúncia surgiu após o relato da mãe da vítima, que afirmou nas redes sociais que sua filha, uma menina de 11 anos, teria sido abusada na casa dos avós, localizada em Paulistana, região sul do Piauí.
A Polícia Civil do Piauí confirmou que o caso está sob sigilo, conforme o artigo 234-B do Código Penal, para proteger a privacidade dos envolvidos e assegurar o andamento adequado das investigações. A Divisão de Atendimento às Mulheres e Grupos Vulneráveis de Paulistana está conduzindo o inquérito, em colaboração com a Polícia Militar, que em nota destacou estar tomando "todas as providências cabíveis" e aguardando informações da investigação civil para avaliar o afastamento do oficial de suas funções.
Segundo o relato da mãe, o crime teria ocorrido quando a menina, após sair da escola, visitava a casa dos avós enquanto a mãe estava no trabalho. Ricardo Pires, casado com uma tia da menina e lotado em Teresina, teria começado a viajar com maior frequência para Paulistana, o que facilitou o acesso ao ambiente familiar e a aproximação com a vítima. Desde o ocorrido, a menina está sendo acompanhada pela família e recebe apoio emocional, com a mãe afastando-se do trabalho para cuidar da filha.
O senador Magno Malta (PL-ES) se manifestou sobre o caso, apontando a gravidade da situação e a necessidade de uma resposta enérgica.
“A Polícia Civil do estado do Piauí abriu um inquérito para investigar o coronel da PM, Ricardo Pires de Almeida, acusado de estupro de vulnerável na cidade de Paulistana. Já apresentei um pedido de CPI para investigar os crimes contra crianças e adolescentes”, declarou o senador. Ele ressaltou o crescimento alarmante de casos semelhantes no país e mencionou um incidente recente em Nova Friburgo (RJ), afirmando que "o Brasil não aceita esse tipo de tratamento às nossas crianças".
Malta ainda relembrou sua atuação na CPI contra a Pedofilia, que presidiu em anos anteriores, destacando a importância de dar continuidade a essas ações e fortalecer a luta contra abusos a crianças e adolescentes.
“Muito foi feito com a CPI contra a Pedofilia, presidida por mim, e está claro que precisamos continuar lutando para garantir a proteção dos vulneráveis em nossa sociedade”, concluiu o senador.