O senador Romeu Tuma (PTB-SP) comentou nesta quinta-feira (6) a situação de seu filho, Romeu Tuma Jr., acusado de envolvimento com a máfia chinesa. O filho do senador é secretário nacional de Justiça e seria investigado pela Polícia Federal por sua suposta ligação com Li Kwok Kwen, conhecido como Paulo Li, apontado como chefe da máfica chinesa em São Paulo. Tuma Jr. disse nessa quarta (5) desconhecer operação que investiga sua ligação com a máfia.
Gravações telefônicas e e-mails interceptados pela Polícia Federal, durante investigação sobre contrabando, apontam ligação entre Tuma Júnior e Paulo Li, segundo reportagem publicada nesta quarta pelo jornal "O Estado de S.Paulo". Li foi denunciado pelo Ministério Público Federal no fim do ano passado por formação de quadrilha e descaminho e está preso.
O pai do secretário saiu em defesa do filho e destacou que não houve qualquer denúncia do ministério público contra Tuma Jr. ?O delegado Romeu Tuma Jr. é uma pessoa digna e correta e construiu a carreira dele dessa forma?.
O senador manifestou desconforto em ter de responder a perguntas sobre a suposto investigação contra o filho. Ele disse ?achar estranho? ter de assumir alguma responsabilidade sobre as ações do secretário. ?Quem tem de falar é ele. Ele é responsável pelos atos dele?.
Tuma reconheceu a existência de amizade de sua família com Paulo Li. O senador destacou que foi chefe de polícia em São Paulo e cuidava do "setor de estrangeiros?. ?Conheci muita gente de muitos lugares nessa época?.
O senador afirmou, no entanto, que a amizade não quer dizer que se concorda com eventuais crimes que possam ter sido cometidos pelo chinês. ?A amizade nós temos até o momento em que se acha que a pessoa não cometeu qualquer ilícito. A partir do momento que se considera que ela tenha praticado não se pode ser solidário com a prática de ilícitos?.