Uma ação de desocupação da terra indígena Awá-Guajá, no Maranhão, gerou troca de acusações entre a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), e o secretário nacional de Articulação Social da Secretaria-Geral da Presidência, Paulo Maldos.
Na sexta-feira, data do início da desocupação, Maldos afirmou ao programa "Voz do Brasil", da EBC (Empresa Brasileira de Comunicação), que "a maioria dos ocupantes [...] vivem da extração da madeira, plantação de maconha e outros ilícitos, como já foi identificado há pouco tempo trabalho escravo na região".
"A gente tem uma crise humanitária, digamos, em que você, por um lado, [vê] povos indígenas sem contato algum com a nossa sociedade, ou um contato muito recente, e, por outro lado, representantes, digamos, da nossa sociedade, que são o que temos de mais criminoso."
Em nota divulgada ontem em nome da CNA, a senadora disse que o secretário é "mal-intencionado" e fez declarações "levianas, irresponsáveis e ideológicas", contra as quais "buscará as medidas judiciais cabíveis".