A senadora estadual Marie Alvarado-Gil, da Califórnia, enfrenta acusações graves feitas por seu ex-chefe de gabinete, Chad Condit, de 57 anos. Ele alega ter sido forçado a manter um relacionamento sexual com a senadora, que incluía comportamentos coercitivos e intimidações. Condit, filho de um ex-congressista, afirma que Alvarado-Gil, de 50 anos, exigia atos sexuais frequentes, especialmente sexo oral, o que resultou em uma lesão nas costas durante um incidente no carro.
No processo, Condit descreve o relacionamento como uma "troca de favores" marcada por abusos de poder e avanços indesejados. Ele afirma que, após meses de coerção, começou a resistir às exigências da senadora, o que teria levado à deterioração de sua relação profissional e, eventualmente, à sua demissão em dezembro de 2023.
Marie Alvarado-Gil, eleita em 2022, nega veementemente as acusações, classificando Condit como um "ex-funcionário descontente" que teria inventado uma história infundada com o objetivo de obter uma compensação financeira. O advogado da senadora, Ognian Gavrilov, reiterou que as alegações são falsas e motivadas por interesses financeiros.
DETALHES DA ACUSAÇÃO
O processo menciona um episódio em que a senadora supostamente forçou Condit a realizar sexo oral durante uma viagem ao Condado de Inyo. Segundo Condit, após esse incidente, ele sofreu ferimentos graves na coluna e no quadril, o que o obrigou a passar por uma cirurgia em outubro de 2023. O ex-chefe de gabinete relata que tentou recusar as investidas de Alvarado-Gil após sua lesão, mas isso resultou em ameaças de retaliação por parte da senadora, que teria tentado prejudicar sua carreira e sua vida pessoal.
Além das questões de assédio sexual, Condit também afirma que a senadora o provocava com insinuações sobre a vida extraconjugal de seu pai, o ex-congressista Gary Condit, envolvido em escândalos nos anos 2000. O processo ainda menciona que Alvarado-Gil teria perguntado a Chad sobre sua disposição em participar de relacionamentos poliamorosos, aumentando a pressão psicológica sobre ele.
O Senado Estadual da Califórnia foi citado no processo, com Condit acusando a instituição de não agir diante das supostas violações cometidas pela senadora. A secretária do Senado, Erika Contreras, afirmou que o órgão está ciente das alegações e está avaliando os próximos passos.