O Partido dos Trabalhadores (PT) elegeu neste sábado (03) a senadora Gleisi Hoffmann (PR) como nova presidente da legenda. A eleição ocorreu durante a convenção nacional da sigla em Brasília. A parlamentar, que era a favorita na disputa, substituirá Rui Falcão.
Apoiada pela corrente Construindo um Novo Brasil (CNB) – da qual faz parte o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – Gleisi foi eleita por 367 dos 593 votos. Ela disputou o cargo com o senador Lindbergh Farias (RJ), que recebeu 226 votos, e o militante José de Oliveira, que não recebeu votos.
A CNB também foi vitoriosa na eleição entre as chapas, pleito que ocorre separado da eleição do presidente. Com a maioria dos votos, a corrente poderá indicar mais adeptos aos demais cargos da diretoria do partido.
Gleisi deverá liderar o partido por um mandato de dois anos. O principal desafio é de conduzir a agenda política do principal partido de oposição no país, que perdeu força após escândalos de corrupção revelados pela operação Lava Jato.
‘Não nos açoitamos’
Em discurso, Gleisi falou sobre as críticas, feitas durante a convenção, à decisão do PT de destacar os êxitos sem reconhecer os erros. “Nós não somos uma organização religiosa, não fazemos profissão de culpa nem tampouco nos açoitamos”, declarou.
A senadora saiu em defesa de Lula como forma de unificar o partido. Gleisi também sustentou a necessidade de o PT voltar a dialogar com os movimentos sociais, em especial aos grupos jovem, negro e feminino.
“[Durante os governos do PT] ficamos numa relação mais institucional que política com os movimentos sociais. E faltou uma entrada política com os movimentos. Agora é o momento de reaproximação com as nossas bases”, afirmou.