Servidor da PRF diz que Silvinei determinou “policiamento direcionado”

Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF, foi preso preventivamente, em Florianópolis (SC), nesta quarta-feira (9/8), por interferir na eleição

Servidor da PRF diz que Silvinei determinou "policiamento direcionado" | Reprodução
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Em outubro do ano passado, o coordenador de Análise de Inteligência da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante as eleições, Adiel Pereira de Alcântara, enviou uma mensagem a um colega na qual mencionou que o então diretor da instituição, Silvinei Vasques, teria ordenado a implementação de um "policiamento direcionado" durante o processo eleitoral de 2022.

A informação consta na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão de Vasques na manhã desta quarta-feira (9/8) em Santa Catarina. Ele é acusado de supostamente usar a máquina pública para interferir no processo eleitoral no segundo turno do pleito.

Na mensagem datada de 29 de outubro de 2022, Adiel teria expressado desaprovação em relação ao comportamento de Silvinei, alegando que o mesmo teria proferido comentários inadequados durante as reuniões de gestão.

“Notadamente, ao que parece, determinando ‘policiamento direcionado’ (SIC), corroborando com os elementos de prova que indicam as ações policiais visando dificultar ou mesmo impedir eleitores de votar”, relata o trecho da decisão.

De acordo com a investigação conduzida pela Polícia Federal (PF), os agentes da PRF teriam rejeitado a ação que era considerada "claramente ilegal", havendo inclusive alguns que se recusaram a assinar o documento de presença na reunião.

Vasques, por sua vez, teria afirmado que era o momento da PRF tomar uma posição no embate político e que "o então diretor-geral solicitou a participação ativa dos presentes nas operações do dia 30 de outubro, sobretudo na região Nordeste".

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