Ao realizar reunião com os servidores do Ministério da Cultura, pasta que está sendo extinta para se fundir à da Educação, nesta sexta-feira (13), o novo ministro da Educação e Cultura, Mendonça Filho (DEM-PE) foi recebido com protestos no auditório do Ministério da Cultura ao ser apresentado à equipe.
Ao chegar, Mendonça Filho ouviu os funcionários gritarem em coro frases como "Cultura somos nós, nossa força e nossa voz" e "Golpe não, cultura sim".
Também houve gritos de "golpista" e "ditador". Atrás da mesa onde o ministro se posicionou, pessoas seguravam cartazes com expressões como "Vaza Mendonça Filho" e "Não reconhecemos governo golpista".
Nesta quinta (12), após tomar posse como ministro do governo Michel Temer (PMDB), ele havia afirmado que não há motivos para a classe artística se preocupar com a fusão das pastas. Segundo o ministro, as duas linhas "serão contempladas".
"Você pode ter dois ministérios com pouca força ou duas áreas fundamentais cada vez mais fortalecidas", defendeu.
Membros da Associação Procure Saber e do Grupo de Ação Parlamentar Pró-Música divulgaram nesta sexta (13) carta aberta ao presidente interino para pedir que reconsidere a decisão de fundir os dois ministérios.
Para os artistas, a medida gerará economia "pífia" à máquina pública e "não justifica o enorme prejuízo que causará para todos que são atendidos no país por políticas culturais".