Apesar de continuar sem assumir publicamente sua saída da Prefeitura para a disputa ao comando do Palácio de Karnak, o prefeito de Teresina, Sílvio Mendes (PSDB), já adiantou para membros do PMDB e do DEM que anunciará sua candidatura à governador no próximo dia 30 de março, durante a inauguração da Ponte do Sesquicentenário. O primeiro a revelar a intenção do tucano foi o deputado federal e presidente regional do DEM, José Maia Filho, o Mainha.
No twitter, Mainha escreveu que o último encontro que teve com Sílvio, em Brasília, no início desta semana, o prefeito confirmou que deixará a Prefeitura nas mãos do vice, Elmano Férrer (PTB). Outro parlamentar que não só adiantou que ouviu do próprio Mendes que o prefeito será o nome da oposição, como também revelou que as negociações do PSDB estão cada vez mais intensificadas com partidos que compõem a base aliada, foi o deputado estadual João Mádison (PMDB).
Mádison, no entanto, faz questão de ressaltar que o partido, tradicionalmente dividido, estará unido. ?Podemos lançar o vice do Sílvio, que faz um excelente trabalho, se a base rachar. O PT, aliás, já rachou, e o PMDB continua unido?, alfineta. O discurso do deputado é repetido em tom mais ameno pelo governista Warton Santos (PMDB). O deputado estadual continua defendendo a permanência do partido no bloco governista, mas pontua que as mudanças estão acontecendo em um ritmo ?muito veloz?.
?Existem dois cenários. Um com a permanência do governador Wellington Dias e outro com a saída dele. Isso será definido agora, então vamos aguardar, e depois decidimos como o PMDB ficará?, explica Warton. Para o PSDB, a aliança com o PMDB, o partido com o maior número de filiados do Estado e com maior capilaridade no interior, seria ?muito importante?. A avaliação é feita pelo secretário municipal de Administração e deputado estadual, Luciano Nunes Filho (PSDB).
Nunes, que preside o diretório regional, deixa claro, porém, que a chapa tucana mais provável está sendo costurada com o DEM, PPS e PSC. ?Esses partidos são aliados naturais na oposição, mas o que pudermos fazer para ter o PMDB, faremos?, ressalta. O PSDB, lembra Luciano, está ?tranquilo?, ao contrário do imbróglio entre os quatro pré-candidatos na base aliada. ?Temos uma posição definida que é ter candidatura própria e priorizamos isso. Portanto, deixamos as outras vagas de composição livres?, argumenta.
Conversas com setores insatisfeitos do PSB e PTB continuam a existir no bloco oposicionista. ?O diálogo prossegue e acreditamos que um desses partidos poderá se juntar à oposição?, sentencia. (S.B.)