A provável indicação de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF) abre a disputa pela sucessão para o Ministério da Justiça. Um dos nomes que emerge entre integrantes do governo é o da atual ministra do Planejamento, Simone Tebet. Advogada, ela se formou em direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Ela é especialista em ciência do direito pela Escola Superior da Magistratura e mestre em direito do Estado pela PUC de São Paulo. A nomeação de Tebet para o cargo ajudaria Lula (PT) a aplacar a contrariedade que deve surgir por não indicar uma mulher para o STF.
Com a saída de Rosa Weber e a entrada de Dino em seu lugar, a Suprema Corte contará apenas com uma mulher entre seus membros, a ministra Cármen Lúcia. Diversos nomes estão sendo cogitados para ocupar a vaga deixada por Dino.
O advogado Marco Aurélio de Carvalho, membro do grupo Prerrogativas, conta com um expressivo apoio no PT. Filiado ao partido por três décadas, sua atuação na Operação Lava Jato foi considerada crucial para a libertação de Lula. Uma alternativa também em consideração é a possível nomeação do atual advogado-geral da União, Jorge Messias, para o cargo na Justiça.
Messias figurava entre os favoritos de Lula para substituir Rosa Weber no STF e, segundo movimentos também protagonizados pelo PT, sua ascensão pode ter sido tão significativa que ele não pode mais permanecer no mesmo cargo. Sua indicação para o Ministério da Justiça seria uma compensação política para o grupo que o apoiava. Na própria pasta há candidatos ao cargo. O secretário-geral da pasta, Ricardo Cappelli, seria uma substituição natural, e teria o apoio do próprio Dino para sucedê-lo.
(Com informações da FolhaPress - Mônica Bergamo)