O Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou, nesta quinta-feira (29) o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para que fosse juntado novas acusações com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ao inquérito que o parlamentar responde na Corte. A decisão foi do ministro Teori Zavascki que também deu um prazo de 30 dias para que a defesa de Eduardo Cunha possa se manifestar.
No dia 15 de outubro, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao STF os depoimentos de delação premiada do empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, um dos investigados na Operação Lava Jato. Em um dos depoimentos, Baiano confirmou que Cunha recebeu US$ 5 milhões em um contrato de navios-sonda da Petrobras. As declarações foram anexadas à denúncia apresentada em agosto contra o presidente da Câmara.
Eduardo Cunha afirma, desde o começo das investigações que não recebeu e não possui contas no exterior. O presidente da Câmara também é acusado, em outro inquérito, de possuir contas na Suíça que não foram declaradas à Receita Federal.