STF forma maioria para manter Moraes, Dino e Zanin em julgamento de Bolsonaro

No mês passado, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, rejeitou o pedido da defesa de Jair Bolsonaro para declarar os ministros Zanin e Dino impedidos de atuar no caso.

Sede do STF | Dorivan Marinho/SCO/STF   Fonte: Agência Senado Sede do STF | Foto: Dorivan Marinho/SCO/STF Fonte: Agência Senado
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou, nesta quarta-feira (19), contra os recursos apresentados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e pelo general Braga Netto, que buscavam impedir a participação dos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin no julgamento da denúncia sobre o suposto esquema golpista.

Até o momento, sete dos 11 ministros se posicionaram favoravelmente à manutenção da participação dos três ministros no julgamento e à confirmação da competência da Primeira Turma, e não do plenário, para analisar a denúncia.

O caso está sendo analisado em sessão virtual, com término previsto para às 23h59 desta quinta-feira (20). Nesse formato, os ministros registram seus votos no sistema eletrônico de votação, sem a necessidade de deliberação presencial.

No mês passado, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, rejeitou o pedido da defesa de Jair Bolsonaro para declarar os ministros Zanin e Dino impedidos de atuar no caso. Após essa decisão, os advogados do ex-presidente recorreram e solicitaram que o plenário do STF analisasse a questão.

A defesa argumentou que Flávio Dino havia protocolado uma queixa-crime contra Bolsonaro enquanto exercia a função de ministro da Justiça e Segurança Pública, ainda nos primeiros meses do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, antes de integrar a Corte.

Em relação a Zanin, a defesa de Bolsonaro alegou que, antes de chegar ao STF, o ministro havia sido advogado da campanha de Lula e ajuizado ações contra a chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022.

Da mesma forma, o presidente do STF também negou o pedido da defesa de Braga Netto para afastar o ministro Alexandre de Moraes do caso. Os advogados sustentaram que Moraes seria uma das vítimas da suposta trama golpista e, portanto, não poderia atuar como juiz nesse processo.

Carregue mais
Veja Também
Tópicos
logo do meio.com