
O Supremo Tribunal Federal (STF) está finalizando um protocolo de segurança para o julgamento do caso relacionado à tentativa de golpe de Estado em 2022. O plano, articulado entre a direção do STF e o gabinete do ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma — responsável por analisar a acusação —, deve ser concluído até sexta-feira.
A avaliação da área técnica do STF é de que, especialmente após os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, o reforço no efetivo de segurança tornou-se inevitável em dias de julgamentos de grande repercussão pública. No início do ano, o STF chegou a solicitar ao Palácio do Planalto uma medida provisória para contratar 40 novos agentes e adquirir equipamentos de segurança, mas não obteve resposta.
Além do reforço presencial, a preocupação do STF também é com a segurança cibernética. Em dias de julgamentos relevantes, as tentativas de invasão ao site da Corte costumam aumentar. Por isso, o STF já está monitorando fóruns na deep web para antecipar possíveis ameaças mais graves.
O julgamento, que envolve figuras como o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros acusados de participação na tentativa de golpe, está marcado para os dias 25 e 26 de março. A Primeira Turma, composta por Zanin, Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Luiz Fux, será responsável pela análise do caso.
O reforço na segurança reflete a tensão em torno do julgamento, considerado um dos mais importantes e delicados da atualidade, com potencial para gerar reações tanto no ambiente físico quanto no digital.