STF torna réu deputado acusado de ter forjado o próprio atentado em 2020

Loester Trutis afirmou que foi vítima de uma emboscada na rodovia BR-060. Em investigação, a PF disse que não houve atentado

Loester Trutis | Divulgação
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O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade, nesta terça-feira (16), tornar réu o deputado federal Loester Trutis (PL-MS) por comunicação falsa de crime, porte ilegal de arma de fogo e disparo de arma de fogo.

Loester Trutis é acusado de ter forjado o próprio atentado em fevereiro de 2020. Na ocasião, ele afirmou que foi vítima de uma emboscada na rodovia BR-060, entre Sidrolândia (MS) e Campo Grande (MS), quando seguia para cumprir agenda no interior de Mato Grosso do Sul. 

Deputado Loester Trutis virou réu após ser acusado de forjar o próprio sequestro 

O carro que era dirigido por um assessor de Trutis foi atingido por tiros nos vidros traseiros e na lateral, mas não houve feridos. 

Após investigação, a Polícia Federal afirmou que não houve atentado e Trutis acabou sendo denunciado pela PGR por comunicação falsa de crime, porte ilegal de arma de fogo e disparo de arma de fogo.

Carro que levava deputado foi atingido por tiros em fevereiro de 2020

Ao analisar a denúncia da PGR, os ministros do STF decidiram tornar Loester Trutis réu. A análise aconteceu em plenário virtual, no qual os ministros inserem os votos no sistema eletrônico do STF. Agora, Trutis será julgado e poderá ser absolvido ou condenado.

Quando foi denunciado, Loester Trutis negou ter forjado o atentado e  disse ser "vítima de um refinado conluio de autoridades locais", que, na opinião dele, "induziram" a PGR e a ministra Rosa Weber, relator do caso, a erro.

O que diz a defesa

À Corte, a defesa de Loester Trutis pediu a absolvição sumária. Os advogados alegaram uma série de problemas processuais e defenderam a nulidade da investigação, que teria sido motivada por perseguição política.

O deputado tem negado que o atentado foi forjado e afirma que  está sendo "vítima de um refinado conluio de autoridades locais, que induziram o PGR e a ministra a erro".

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