O presidente da Câmara Municipal de Teresina, vereador Enzo Samuel, reuniu nesta sexta-feira, 10, as lideranças partidárias para discutir a crise no transporte público. Ele disse que a Casa não se furtou ao debate do problema, instalou uma CPI, realizou audiências públicas e remanejou dentro do orçamento 2023 mais de 80 milhões para resolução do problema. "Nós queremos uma resposta imediata para solução da problema do transporte. Ao final haverá documento que aponta solução imediata", disse.
Na ocasião, ainda ficou acertado que em 15 dias será ampliada a oferta de ônibus na capital, passando de 220 para 300. O vereador Venâncio Cardoso, do PSDB, disse que a solução é urgente, pois a população quer resposta. Por sua vez, o vereador Markim Costa parabenizou a iniciativa e disse que é preciso dar uma solução imediata.
Evandro Hidd, PDT, pontuou que o problema vem se arrastando ao longo do tempo. "A gente precisa saber como ocorrerá esse transporte e como as linhas serão executadas", disse, questionando a quantidade de ônibus que circulam na cidade, especialmente nos horários de pico.
Ele disse que o encaminhamento deve ser rápido e está crise no transporte não pode ter viés político. O vereador Vinicius Ferreira disse que o sistema de transporte público nunca foi de excelência, mas funcionava de alguma forma. "Esperamos consenso para que o problema seja resolvido e atenda minimamente a demanda da população", disse.
Ampliação da frota na capital
Após reunião com líderes partidários e com o coordenador técnico do Setut, Vinicius Rufino, o presidente da Câmara Municipal de Teresina, vereador Enzo Samuel (PDT), esclareceu que o objetivo desse encontro é apontar uma solução imediata para crise do transporte público de Teresina e anunciou que ficou acertado com o Setut o prazo de 15 dias e Teresina vai ter 80 ônibus a mais circulando nos horários de pico.
Com esse incremento, nos horários de pico, a cidade terá 300 ônibus nos horários de pico.
Segundo o vereador, o processo será discutido entre Setut e Prefeitura, e se possível for, será judicializado. "Quero deixar claro que essa reunião foi para resolver problema de forma imediata para que no máximo em 15 dias tenhamos ônibus circulando nas ruas atendendo a demanda do teresinense e o processo a longo e médio prazo será discutido entre Prefeitura e Setut".
Em contrapartida, a prefeitura terá que contribuir com a parte contratual que é o pagamento do subsídio. "O subsídio final ficaria em R$ 6 milhões. Uma proposta que coloca ônibus na rua, resolve problema da população e que a partir daí apresentado para prefeitura, saberemos de quem é a culpa do transporte não estar funcionando", disse.
Segundo Enzo Samuel, a Câmara Municipal mais uma vez mostra altivez. "Essa foi uma ideia coletiva da Casa e vamos trabalhar para solução dessa situação e se nem o Setut ou a Prefeitura cumprirem, essa Casa vai judicializar", explicou, destacando que dívidas antigas serão debatidas num segundo momento.
"Quero ressaltar que durante esse processo de vigência de subsídio de R$ 6 milhões mensais, a PMT terá que se comprometer em elaborar um novo estudo de origem e destino para que a gente possa entender realmente a necessidade da demanda", explica, enfatizando que com o remanejamento de R$ 80 milhões do orçamento 2023 permite o pagamento de R$ 6,6 milhões de subsídio por mês para o sistema de transporte. "Vamos elaborar documento e a proposta, o mais tardar chegará à Prefeitura na segunda-feira, 13".