Suprema Corte dos EUA vai julgar se Trump pode concorrer às eleições de 2024

A justiça havia decidido em dezembro de 2023 que Trump não poderia participar das eleições

Suprema Corte dos EUA vai julgar se Trump pode concorrer às eleições de 2024 | BBC
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Nesta sexta-feira (05) a Suprema Corte dos Estados Unidos aceitou receber o processo que vai decidir se o ex-presidente do país, Donald Trump, vai poder concorrer à presidência novamente no estado do Colorado. A justiça havia decidido em dezembro de 2023 que Trump não poderia participar das eleições.

O motivo seria porque o ex-presidente se envolveu em uma insurreição em janeiro de 2020, ao não aceitar que havia perdido a eleição para o atual presidente do país, Joe Biden. Trump recorreu com um pedido junto à Suprema Corte para reverter essa decisão do Colorado. O caso vai ser julgado dia 8 de fevereiro.

De acordo com o jornal The New York Times, a decisão acerca do caso deve sair rapidamente, já que o processo das eleições primárias já vai estar em andamento. Vale lembrar que nos EUA, sem uma decisão vinda da Suprema Corte, os estados teriam autonomia para tomar suas próprias decisões.

Por mais que o eleitorado do Colorado não interesse a Trump por conta da preferência por Biden, mais estados iniciam movimentações para barrar o ex-presidente. No Michigan, um dos estados que é decisivo para as eleições, há iniciativas do mesmo cunho, o que deve preocupar o ex-presidente. 

O reitor da Faculdade de Direito da Universidade da Califórnia em Berkeley, Erwin Chemerinsky, disse à Reuters que a Suprema Corte da maior democracia do mundo deveria "resolver logo e para todo o país se Trump pode estar na cédula eleitoral". Em prática, a decisão vai mostrar se Trump vai estar nas cédulas eleitorais ou não.

Vale ressaltar que na constituição dos Estados Unidos, uma cláusula destaca que caso uma pessoa faça parte de uma insurreição enquanto exercia um cargo público não poderá ocupar um cargo do mesmo tipo novamente. A regra inclusive existe desde a guerra civil do país. O estado do Maine também decidiu que por incentivar a invasão do Congresso dos EUA, em 6 de janeiro de 2021, Trump participou de uma insurreição.

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