A Suprema Corte da Venezuela convocou Edmundo González, candidato de oposição a Maduro nas eleições, e outros três candidatos a comparecer perante o tribunal nesta quarta-feira (7) às 10h (horário de Brasília). A Suprema Corte é alinhada ao presidente Maduro.
"Para a devida consolidação de todos os instrumentos eleitorais que se encontram em posse dos partidos políticos e dos candidatos, se procede a citar em pessoa, em cujo ato deverão entregar a informação requerida e responder às perguntas que sejam formuladas pela Corte. (...) Citam os cidadãos Manuel Rosales, José Luis Cartaya, Simón Calzadilla e Edmundo González Urrutia", disse uma juíza do tribunal.
González não compareceu à convocação da Suprema Corte na última sexta-feira (2), quando foi solicitado para uma sessão com outros candidatos presidenciais para assinar um termo de aceitação do resultado que proclamou a reeleição de Maduro. Acredita-se que ele não compareceu por temer ser preso.
Desde a semana passada, Maduro afirma que González e Corina Machado "têm que estar atrás das grades" e que "a Justiça vai chegar" para eles. Corina Machado, escondida e temendo por sua vida, declarou em editorial no "The Wall Street Journal". Na última semana, González fez uma aparição pública durante um protesto ao lado de Corina Machado.
A oposição, liderada por Edmundo González e María Corina Machado, contesta o resultado da eleição desde o dia da votação, em 28 de julho. Nesta segunda (5), González se proclamou o novo presidente eleito da Venezuela.
Segundo Corina Machado, a oposição possui mais de 80% das atas eleitorais de todo o país e está fazendo uma contagem paralela, na qual González teria vencido Maduro por 66% a 30% dos votos válidos. Na sessão de sexta, a Suprema Corte solicitou que todos os partidos apresentassem documentos eleitorais ou atas em seu poder.