O ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal, marcou para a próxima quarta-feira (2) o julgamento da denúncia contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
O deputadi foi acusado pela Procuradoria Geral da República de ter cometido os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por suposto recebimento de propina, em razão de um contrato de navios-sonda da Petrobras.
Desde de que surgiram as suspeitas, Cunha tem negado as acusações da PGR e alega perseguição política por parte de Janot. Na época em que a denúncia foi feita, em nota, Cunha afirmou nunca ter recebido "qualquer vantagem de qualquer natureza, de quem quer que seja, referente à Petrobras ou a qualquer outra empresa, órgão público ou algo do gênero".
O plenário do Supremo terá que decidir se aceita ou não a denúncia contra Cunha. Se aceitar, Cunha passará a ser réu em uma ação penal. Eduardo Cunha também é alvo de um pedido de afastamento do cargo de presidente da Câmara, feito pela PGR. O pedido ainda não tem previsão para ser analisado. O procurador diz que cunha usou o cargo de presidente para atrapalhar as investigações da operação Lava Jato.
O parlamentar ainda é alvo de outro inquérito, que investiga se ele é dono de contas na suíça que não foram declaradas à autoridades brasileiras. A apuração também visa identificar se houve evasão de divisas e lavagem de dinheiro na remessa de recursos ao exterior. Cunha alega que as contas não estão em seu nome, mas que ele é usufrutário delas.