O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apresente resposta em até cinco dias sobre as acusações de uma ação penal aberta contra ele por suspeita de desvios na Petrobras.
Em março, o Supremo decidiu abrir ação penal contra Cunha pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele foi acusado de receber pelo menos US$ 5 milhões em propina de dinheiro desviado de um contrato da Petrobras na África. A ação penal só foi instaurada oficialmente neste mês. Agora, o ministro seguiu o rito processual e ordenou que o acusado se manifeste.
A comunicação de Teori foi assinada nesta quinta, mas o prazo só começa a contar a partir de quando Cunha receber a notificação. A assessoria de imprensa de Cunha informou que "o deputado não foi notificado e quando for apresentará a defesa".
Cunha está com o mandato suspenso por decisão do STF e, consequentemente, afastado do cargo de presidente da Câmara desde 5 de maio. A Corte entendeu que o peemdebista estava usando o cargo para atrapalhar as investigações contra ele.