Por Francy Teixeira.
Na sexta-feira (26) uma reportagem especial do The Intercept Brasil alertou para a escassez de medicamentos para a intubação de pacientes nos hospitais de Teresina. A matéria pontua que 'Dr. Pessoa sabe há semanas que a capital do Piauí sofre com estoque zerado de medicamentos cruciais, mas ignora pedido de compra de emergência'.
No decorrer do texto são anexados documentos com a solicitação feita pela Fundação Municipal de Saúde (FMS) para a aquisição emergencial das drogas, descrevendo que "o documento foi enviado em 26 de fevereiro pela DAE (Diretoria de Assistência Especializada) para a FMS e já alertava que o estoque estava 'crítico ou zerado' e solicitava a 'aquisição em caráter de urgência'. O TICB cita que depois de um mês, os medicamentos "ainda não chegaram".
Com a repercussão, a Prefeitura da capital sinalizou que vem realizando uma série de esforços para garantir os remédios essenciais para a realização do procedimento nos pacientes, porém, o kit intubação estaria sendo confiscado pelo Ministério da Saúde para distribuição entre os entes federativos. "Embora o município tenha realizado esforços no sentido de adquirir equipamentos e insumos, os aparelhos têm sido confiscados pelo Ministério da Saúde, que distribui para os Estados conforme a demanda de leitos de UTIs", aponta a nota.
O presidente da Fundação Municipal de Saúde, Gilberto Albuquerque, deu a mesma versão, apontando que o Governo Federal está fazendo a distribuição uniforme das drogas. "O ministério da Saúde bloqueou as vendas individuais, somente o Ministério da Saúde pode comprar", frisou.
Por fim, a Prefeitura da capital informou que somente nos últimos 2 meses, já foram aplicados R$ 176 milhões do Tesouro Municipal, correspondentes a 57 % das receitas líquidas arrecadadas em saúde. A Fundação Municipal de Saúde ressalta ainda a abertura de mais de 100 leitos entre de UTIs e clínicos para atender pacientes Covid. "A Prefeitura reúne diariamente o comitê gestor de enfrentamento à Covid para avaliar a situação da pandemia na capital e adotar medidas de controle do vírus na capital", conclui.