O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está sob investigação após passar duas noites na embaixada da Hungria, em Brasília. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), estabeleceu um prazo de 48 horas para que Bolsonaro apresente explicações sobre o ocorrido até esta quarta-feira (27), porém até a noite da terça-feira (26), sua defesa ainda não havia se manifestado ao Supremo.
A Polícia Federal (PF) iniciou uma investigação para determinar a intenção de Bolsonaro ao permanecer na embaixada por dois dias, após ter seu passaporte apreendido durante a Operação Veritas, que investigava uma tentativa de golpe de Estado. Sua estadia, que coincidiu com uma convocação de manifestação na Avenida Paulista, foi revelada por imagens de câmera de segurança obtidas pelo jornal americano “The New York Times”.
Envolvido em investigações por suposta trama golpista, desvio de joias do acervo presidencial e fraude em cartões de vacina, Bolsonaro estava protegido de prisão dentro da embaixada, segundo convenções internacionais. Advogados afirmam que sua hospedagem visava "manter contato com autoridades do país amigo", em referência à Hungria, cujo premier, Viktor Orbán, mantém um relacionamento próximo com Bolsonaro há anos.
Em 2022, durante uma visita à Hungria, Bolsonaro chamou Orbán de “irmão”. Naquele mesmo ano, o ministro das Relações Exteriores húngaro perguntou a um funcionário do governo brasileiro se o país poderia intervir para ajudar na reeleição de Bolsonaro. As circunstâncias dessa hospedagem geraram questionamentos sobre a relação entre Bolsonaro e o governo húngaro.
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